Greve de mamar: já ouviram falar? Tem mãe que confunde isso com desmame natural-expontâneo. Qual a diferença?
O sonhado desmame natural se dá aos poucos, (o comum é que ocorra em crianças de 2 a 4 anos) de forma que o peito reduz a produção de leite gradativamente com as mamadas cada vez menores e mais esparsas do filhote até que ambos – peito e filhote – dão por encerrada essa fase, sem traumas (e tomara que se possa dizer o mesmo da mãe).
Já na greve, a parada é abrupta: de uma hora pra outra o bebê se nega a mamar (mordidas, choro e tapas podem ser usados como forma de protesto), enquanto o peito (desavisado, coitado) continua a produção habitual, o que pode levar a engurgitamento ou mesmo uma mastite! (E a mãe precisa retirar o excesso de leite que se acumula pra evitar que ocorram problemas desse tipo)
Uma greve dessas pode durar de alguns dias a semanas, raramente mais que um mês, e costuma se dar em função de dores (de dente, garganta, ouvido), congestão nasal, variação no gosto e volume do leite – ou graças às ‘queridas’ crises de desenvolvimento.
Uma longa greve pode levar a um desmame. Se o baby ainda for pequeno (ou se não for tanto, mas é vontade da mãe seguir com a amamentação) é preciso muita paciência: oferecer o peito várias vezes ao dia, lidando com as rejeições – oferecer enquanto o bebê dorme pode funcionar. E seguir tirando leite manualmente (e oferecendo ao filhote no copinho ou mamadeira) é necessário para evitar o ‘empedramento’ e garantir que a produção de leite não cesse de vez.