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Nota

Greve de mamar ou Desmame natural?

24 maio

Greve de mamar: já ouviram falar? Tem mãe que confunde isso com desmame natural-expontâneo. Qual a diferença?

Dimi levando o Baby Óscar por melhor interpretação dramática!

Dimi (aos 8 meses) levando o Baby Oscar por melhor interpretação dramática!

O sonhado desmame natural se dá aos poucos, (o comum é que ocorra em crianças de 2 a 4 anos) de forma que o peito reduz a produção de leite gradativamente com as mamadas cada vez menores e mais esparsas do filhote até que ambos – peito e filhote – dão por encerrada essa fase, sem traumas (e tomara que se possa dizer o mesmo da mãe).

Já na greve, a parada é abrupta: de uma hora pra outra o bebê se nega a mamar (mordidas, choro e tapas podem ser usados como forma de protesto), enquanto o peito (desavisado, coitado) continua a produção habitual, o que pode levar a engurgitamento ou mesmo uma mastite! (E a mãe precisa retirar o excesso de leite que se acumula pra evitar que ocorram problemas desse tipo)

Uma greve dessas pode durar de alguns dias a semanas, raramente mais que um mês, e costuma se dar em função de dores (de dente, garganta, ouvido), congestão nasal, variação no gosto e volume do leite – ou graças às ‘queridas’ crises de desenvolvimento.

Uma longa greve pode levar a um desmame. Se o baby ainda for pequeno (ou se não for tanto, mas é vontade da mãe seguir com a amamentação) é preciso muita paciência: oferecer o peito várias vezes ao dia, lidando com as rejeições – oferecer enquanto o bebê dorme pode funcionar. E seguir tirando leite manualmente (e oferecendo ao filhote no copinho ou mamadeira) é necessário para evitar o ‘empedramento’ e garantir que a produção de leite não cesse de vez.

Um desmame (natural e) surreal

23 maio

‘…e no quarto dia eu acordei com uma dor no peito
…que uma semana depois, onde antes houvera dor, agora restava um vazio’.

Isso resume tudo o que tenho a falar sobre os últimos dias – sobre uma das maiores transformações que já presenciei na vida. Sobre o quanto ter um filho, amar essa criaturinha com todas as forças e olhar bem de perto o desenvolvimento que se dá diariamente e, de quando em vez, aos saltos… é um susto.

Não que isso seja ruim, pelo contrário – é lindo, é emocionante, é a coisa mais encantadora que se pode experimentar na vida, mas não encontro palavra mais adequada que ‘susto’.

Criar um filho é um susto que constantemente se renova.

Um susto, feito a água na cara pela manhã – que nos acorda, que nos aviva… É isso: Um filho nos torna mais vivos. Sim, estou romântica e, mais que isso: sim, estou dramática – estou sofrendo. Mas tenho um grande porquê:

Meu filhoaquele que todos achavam que mamaria até os 18 anos, de repente, desmamou. Por conta própria e ‘mais ou menos’ da noite para o dia.

E eu deveria estar feliz [e estou, juro que sim], afinal, o tão sonhado desmame natural era tudo o que eu queria! Mas o sentimento com o qual estou lidando é muito ambíguo…

Não sei até que ponto isso se deve pelas transformações fisiológicas que o não-mais-amamentar desencadeou no meu organismo, mas sei que ninguém avisou previamente ao meu peito sobre essa mudança – foi uma… aposentadoria forçada! E agora, ele ainda acorda achando que precisa ir ao serviço…

É deprimente seguir produzindo um leite que meu filho não quer mamar [alerta de drama! alerta de drama!] — é triste ter que tirar esse leite  e descartar – já que a quantia é pouca, mas contínua, leva dias até eu perceber que, sim, vou precisar ordenhar [feito vaca mesmo! Não somos muito diferentes delas!] outra vez… Sem contar na dor de massagear as áreas engurgitadas até desmanchar, antes que isso evolua numa mastite… a essa altura do campeonato!

2 anos e 40 dias… esse foi o período no qual meu filho mamou como se não houvesse o amanhã!

Dimi no 'tetêtis' com menos de 1 semana de vida

Dimi no ‘tetêtis’ com menos de 1 semana de vida

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Ok, devo dizer: já fazia um longo tempo desde que a magia do nosso ‘momento-tetêtis’ vinha se apagando… Dimi mamava loucamente, a qualquer hora e em qualquer lugar Continue lendo